A apuração do caso foi feita pelo desembargador Bayama Araújo. O membro da alta corte do judiciário maranhense apresentou relatório e pediu instauração de procedimento administrativo disciplinar com imediato afastamento das funções judiciais.
Segundo Bayma, a decisão se deu por diversos motivos. A arbitrariedade das prisões não foram os únicos. Várias instâncias, como a Ordem dos Advogados do Brasil e a Associação dos Magistrados, repudiaram a atitude que ganhou repercussão nacional.
“Jamais tinha sido humilhado dessa forma. Ser chamado de calhorda, de vagabundo, de pilantra”, comentou o despachante de voo Argemiro Augusto.
Segundo a investigação da polícia, as câmeras do aeroporto mostram o momento da chegada do juiz Marcelo Baldochi ao balcão da companhia aérea, às 20h37. Os funcionários informam que o check-in do voo para Ribeirão Preto, em São Paulo, havia sido encerrado quatro minutos antes. O juiz então reclama: “Tem que aprender a respeitar o consumidor”, diz.
Irritado, dá voz de prisão aos atendentes. “Está preso em flagrante”, afirma. Imagens de celular de outro passageiro mostram quando policiais levaram os funcionários para a delegacia.