Por Nill Junior
Advogado da família confirma suspeito preso
A investigação sobre o assassinato da menina Yasmin, de 7 anos, ocorrido em Ibitiranga, distrito de Carnaíba, deve ser concluída na próxima semana. A informação foi antecipada pela jornalista Juliana Lima, nesta sexta-feira (14). Segundo ela, uma fonte da Polícia Civil informou que o inquérito apresenta “resultado muito positivo” e que a corporação solicitará a realização de uma coletiva de imprensa para apresentar os detalhes.
A jornalista destacou a grande ansiedade das famílias: tanto a dos menores apreendidos no início das investigações — e posteriormente liberados — quanto a da própria vítima. Sem informações oficiais, elas têm enfrentado medo, incerteza e estigmatização.
“A investigação está praticamente concluída e o resultado é considerado muito positivo. A fonte reforçou que a justiça será feita”, afirmou Juliana.
Ela relatou ainda que familiares dos menores continuam enfrentando ameaças e restrições de convivência devido à divulgação indevida de fotos nas redes sociais no início do caso.
“Meu marido está sem trabalhar porque tem medo de sair de casa de manhã cedo. Meu filho está escondido”, relatou uma mãe à jornalista.
Juliana fez um apelo para que a imprensa tenha responsabilidade ao publicar imagens ou identificar pessoas antes da confirmação oficial de suspeitas.
Advogado da família confirma: principal suspeito é adulto e está preso
Na sequência do programa, o advogado da família de Yasmin, Cláudio Soares, confirmou que as informações recebidas pela categoria apontam para um encaminhamento sólido da investigação. Ele reforçou que nenhum dos três menores apreendidos inicialmente tem, até agora, indícios de participação no crime.
“As provas não apresentam consistência de participação deles. A tendência é que o menor que segue internado seja liberado nos próximos dias”, afirmou.
Segundo o advogado, o principal suspeito identificado até o momento é um adulto, que já se encontra preso sob custódia da Polícia Civil.
“O principal suspeito está seguro. Ele não tem como fugir”, disse.
“A polícia está no caminho certo, fazendo um trabalho brilhante e minucioso.”
Cláudio também informou que a polícia aguarda o resultado de um exame de DNA, considerado peça chave na conclusão do inquérito. O material compara sangue encontrado em um objeto do suspeito com o da vítima.
Provas e acompanhamento do Ministério Público
O advogado reforçou que o Ministério Público, através do promotor João Mateus, acompanha de perto o caso. A ausência de câmeras no local onde o corpo foi encontrado dificultou o trabalho inicial da polícia, mas investigações em áreas próximas e análise de imagens recolhidas em outras localidades deram robustez ao inquérito.
“É preciso ter cautela. A polícia quer o culpado, não um inocente preso. Estamos falando de um caso grave, que exige provas robustas.”
Ele também confirmou que há indícios de que, além do homicídio, Yasmin foi vítima de violência sexual, o que pode elevar substancialmente a pena do acusado.

